quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

NAPOLITANO












A inspiração veio do estilo barroco imprimido no Presépio Napolitano – em exposição permanente no Museu de Arte Sacra (SP) –, cuja montagem, realizada pelo próprio Silvio Galvão, reúne 1.600 peças. Some à ideia figuras bíblicas, anjos, pastores, animais e ruínas de construções Greco-Romanas. O resultado é uma instalação natalina que, apesar de multifacetada, segue a história tradicional. A Família Sagrada e os próprios Reis Magos são destaques.
“Com base na experiência de anos anteriores, quis navegar no imenso conceito do Barroco Napolitano”, diz Silvio. “Há referência nas imagens, nos mantos, nos adornos...”. São, no total, 17 figuras humanas, 17 animais e 16 anjos. A corte, capitaneada pelos Reis, trazem oferendas em ambiente climatizado com árvores, arbustos e flores.     

O artista lembra que existe um link entre o presépio e a decoração da fachada (Cooperaacs), que utiliza material reciclável: “A riqueza na simplicidade!”.  

 Histórico
As esculturas concebidas por Silvio Galvão são uma releitura das figuras principais do Presépio Napolitano: a Sagrada Família e os três Reis Magos, representativos de um período em que a cidade de Nápoles era governada por reis espanhóis, em especial no reinado de Carlos III de Bourbon (1734 – 1749) que, católico fervoroso, decidiu introduzir a paixão pelo presépio no palácio real, chamando os principais escultores napolitanos da época para a confecção das figuras.

Curiosidade
Considerado um dos maiores e mais completos do mundo, o Presépio Napolitano reproduz uma pequena aldeia medieval com todos os ingredientes do cotidiano de seus habitantes. As quase duas mil peças foram criadas por renomados artistas e artesãos italianos do século XVIII, entre eles Giuseppe Sanmartino, o mais importante da época. São de sua autoria os três Reis Magos e uma série de outras figuras orientais.